terça-feira, 28 de junho de 2011

Último Post

Montei este blog em 2009, mas só em setembro de 2010, é que comecei a postar. Foi uma expriência nova e bastante interessante, principalmente para quem nunca gostou de escrever.

Reviver os dias de faculdade foi mais uma terapia, que um desejo literário. Isso deixo para quem sabe e gosta de escrever como a Alicia. Aliás, vocês poderiam seguí-la, ela é fenomenal.

No dia 18 de junho, tive a oportunidade de retornar à Marília, depois de 10 anos de formado. Foi muito bom reencontrar velhos amigos, e saber que as nossas histórias, ainda são contadas até hoje pelos novos Kapetas.

Conheci a garotada do Atletismo. E para minha surpresa, não fiquei nostálgico e também não quis voltar no tempo. Vivi aqueles dias intensamente, e desejo que esta nova geração, desfrute cada segundo que a juventude permite.

Contei as principais histórias que me marcaram naquela época. E se fosse para numerá-las, diria que as que mais me diverti em contar foram a do "Space Cake", "Doce Mais Doce que o Doce" e do "Chove Chuva". Foi muito bom lembrar do "Tonico", do "Galaxão" e dos "Esculápios". Mas também senti muita tristeza em escrever sobre o "Feijão".

No entanto, o post mais acessado, foi: "Década de 90". Talvez pelo fato de eu contar a minha visão de Maríla e da FAMEMA daquela época. E aqui quero deixar claro, que não sou o dono da verdade, e que fui totalmente PARCIAL!

De alma mais leve, fico feliz em saber que tudo que fizemos não foi em vão.

O blog continuará na rede, mas saio de cena, para que novos kapetas, escrevam as suas histórias.

A vida segue. Somos efêmeros, mas nossos atos podem se tornar eternos...

Um grande abraço.

BG.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sr. "J"



Quando Bozó, Rogério, Japa, Guido, Feijão e eu, decidimos morar mais perto da FAMEMA, mudamos para uma casa na rua Frei Jacinto, cujo número não me lembro. Sei que ficava em frente a uma oficina mecância, cujo dono tinha um defeito congênito numa das mãos.

Era uma casa grande, com quatro quartos, sauna e hidromassagem. Mas também era uma casa adapatada, pois o antigo morador, que falecera meses antes de mudarmos, sofria de alguma enfermidade, que o deixara debilitado.

A nova república, passava longe de ter o aspecto horripilante da casa na José de Anchieta. Mas aquelas adapatações nas escadas, nos banheiros e nos quartos, lembravam-nos a todo instante, que o Sr. "J" vivera ali seus últimos dias.

Não sei se estávamos sugestionados, mas o fato é que coisas estranhas aconteciam...

Durante a noite, era comum escutarmos passos nas escadas de madeira... luzes apagavam e ascendiam inesperadamente... mas o que nos deixava intrigados, era o fato de algumas vezes, a televisão do Rogério ligar a noite sozinha!

Devido a minha experiência com o porão do açougue na outra casa, procurei explicações para todos aqueles barulhos.

Os passos nas escadas, deveriam ser a madeira se acomodando, devido a grande amplitude térmica diária. As luzes, indubitavelmente, eram mal contato nos interruptores. Mas duas coisas nunca consegui explicar: o gelo do corredor das escadas, por mais quente que estivesse o dia, e o fato da TV ligar sozinha a noite.

Num final de semana, coincidiu de todos voltarmos para as casas de nossos pais, menos o Feijão. Foi nítida a expressão apreensiva no seu rosto, quando descobriu que ficaria sozinho . Naquele dia conheci o lado supersticioso do Feija's.

Ele disse: - Vou ficar sozinho com o Sr. "J"?

- Não se preocupe, Feija's... reze 2 "Pai Nossos" e 2 "Ave Marias" que o Sr. "J" deixa você sossegado, caçoei.

Mas eu não podia imaginar, que aqueles acontecimentos, realmente perturbavam meu amigo. E o que aconteceu naquele fim de semana de outubro, foi no mínimo, intrigante!

Feijão via televisão deitado num cochonete no chão da sala, e a luz da cozinha acendeu. Com ironia, ele retrucou: - Não começa, Sr. "J"!

Percebeu que o corredor da escada, estava mais gelado que o habitual, quando foi até seu quarto telefonar, para combinar a balada do sábado a noite.

Como não conseguiu falar com ninguém, logo "bodiou". Assim era o Feijão, se não tivesse alguém que o chamasse para sair, preferia ficar em casa, curtindo seus fantasmas...

Ao voltar para sala, não lembrava de ter desligado a TV. Ligou-a, aninhou-se novamente no cochonete e passou a zapear os canais, até que o sono chegou.

Decidiu dormir ali mesmo e desligou a TV. Inesperadamente, a TV ligou. Feijão tornou a desligá-la, e ela ligou novamente, até que esbravejou:

- Sr. "J", assim já é demais! - E retirou o plug da tomada.

Ao passar pela cozinha, para beber um copo d'água, antes de subir para dormir no seu quarto, imediatamente após ter esbravejado, uma das lâmpadas do lustre da sala, despencou nas suas costas!

Foi quando recebi, seu telefonema desesperado:

- Bidia's, o Sr. "J" está atacado hoje! - e me contou tudo que tinha acontecido.

- Você fez as orações que falei? - ironizei.

- Porra BG, eu tô falando sério! - ele resmungou.

- Eu falei pra você nunca comer aquele brigadeiro do Barney quando estiver sozinho! - mais uma vez ironizei, sem conter minhas rizadas... até que ele desligou o telefone.

Fenômenos paranormais a parte, o fato é que todos nós presenciamos, em algum momento, episódios como o do Feijão. Embora, nunca admitíssemos.

Uma vez tive vontade de voltar naquele Centro Espírita da rua Quinze de Novembro. Mas a vontade passou rapidinho quando lembrei do que aquela médium me disse, na última vez que me atrevi ir até lá.

Moramos naquela casa até o vencimento do contrato, que era de um ano. Depois, o Japa foi morar com o Guido, Bozó e o Rogério num predinho na avenida Monte Carmelo. Feijão e eu, nos mudamos para a casa da baixada, na rua Setembrino Cardoso Maciel, onde não podia imaginar, que em alguns meses, junto com o Beleza, formaríamos os "Esculápius".